sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

FIFA, cada vez mais ao lado do futebol negócio


Dizer que a indústria em que o futebol se transformou vem tirando a paixão em detrimento da componente negocial, é cada vez mais um tema estafado, embora pertinente e cada vez mais incontornável.
Deste modo, as escolhas da Rússia (2018) e Catar (2022) para as realizações dos respectivos Campeonatos do Mundo são assim de muito fácil compreensão, tendo em conta o atrás exposto, já que quem observa com particular atenção o fenómeno é mais do que notório que a FIFA privilegia essencialmente a forma como cuidar do negócio futebol, procurando alimentá-lo e expandi-lo, mesmo que por vezes por caminhos sinuosos.
Assim, os rublos e o gás de um dos BRIC - sigla que agrupa os países emergentes como o Brasil, Rússia, Índia e China-  no caso da Rússia, e o petróleo e as potencialidades de um pequeno país com cerca de 600 mil habitantes, no caso do Catar, acabaram por ditar as leis, mesmo que no horizonte se vislumbrassem em ambos os casos candidaturas muito mais consistentes e capazes de dar um maior colorido à prova máxima do futebol planetário.
À FIFA interessa primordialmente levar o futebol para países e regiões onde ele não está verdadeiramente implantado e onde possa conquistar "quota de mercado", já que só assim o tornará cada vez mais universal.
Uma opção discutível para quem acha que o futebol é apenas um jogo sem que outras componentes sejam pensadas. Irreal no entanto nos dias de hoje. Cada vez mais o negócio prevalece. Os interesses são mais que muitos!

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