Manuel Fernandes vive momentos conturbados em Setúbal

Manuel Fernandes, um grande Senhor do futebol português

Manuel Fernandes, um nome incontornável do futebol português, sobretudo para os sportinguistas, clube de que é um símbolo por tudo aquilo que ele representou para o emblema leonino, e que hoje orienta o Vitória de Setúbal o seu outro amor, e que é o clube mais representativo do distrito onde nasceu, vive hoje dias complicados junto de uma enorme franja de adeptos vitorianos, que desde há algumas semanas vêm intensificando a contestação devido aos resultados menos conseguidos pelo Vitória e que hoje após o empate com a Naval 1º Maio (1-1) no Estádio do Bonfim, atingiu o ponto máximo das críticas, com o seu nome a ser o alvo de todas as iras verbais.
Deste modo, e sabendo-se que no futebol como na vida a glória vai sendo cada vaz mais efémera, o 14º lugar ocupado neste momento pode ditar o adeus ao Sado de um Homem por quem os adeptos vitorianos deveriam ter mais e melhor consideração.
Cabe a Fernando Oliveira, o presidente do Vitória de Setúbal decidir com pinças este assunto, sabendo que os tempos vindouros caso opte pela continuidade do "Velho Manel" e os resultados não apareçam serão seguramente bastante conturbados.
A ingratidão mora ali mesmo ao lado. Para mim Manuel Fernandes será sempre uma lenda. Para os vitorianos deveria representar muito mais do que esta insatisfação colérica  demonstrada para com alguém que já fez muito pelo emblema sadino.

Sporting CP vence SL Benfica no derby dos juniores

Zezinho, o melhor em campo, em acção no jogo frente ao SL Benfica

A dois dias daquele que será um jogo desde sempre arrebatador de paixões, o Sporting-Benfica de amanhã à noite entre equipas principais, foi antecedido ontem por um derby de juniores que se realizou no centro de estágios dos encarnados, no Seixal, e que culiminou com a vitória leonina por 2-0, com golos de João Mário (14') e Alberto Coelho (64').
Deste modo, o início da fase final do Nacional de Juniores, que será alvo de profundo acompanhamento por parte do futebolpoliticamentecorrecto, iniciou-se ontem sob o signo do leão, que foi sempre mais forte que o SL Benfica, iniciando assim o caminho para a conquista do tetra de forma muito positiva, pese embora todo o caminho que ainda terá que percorrer.
No Sporting CP, o destaque principal, sendo mesmo o jogador que esteve acima dos demais foi o guineense Zezinho, um "numero 10" de classe e de técnica apurada por onde passa todo o futebol da equipa orientada por José Lima.
A nota mais negativa deste jogo terá de ser dada ao árbitro Quitério Almeida (Lisboa), que ao mostrar 14 cartões amarelos e um cartão vermelho ao sportinguista Ricardo Esgaio, mais pareceu estarmos na presença de uma verdadeira batalha campal, facto que na realidade esteve longe de acontecer. Pouca pedagogia num jogo entre jovens e que deveria ser alvo de outra intervenção disciplinar.
Nota para a presença neste prélio por parte do SL Benfica de Luis Filipe Vieira e Rui Costa, sintomático da atenção dos dirigentes benfiquistas a um sector onde os rivais leoninos mais e melhor vêm trabalhando ao longo dos últimos anos.

Resultados da 1ª Jornada:
SL Benfica - 0 Sporting - 2
FC Porto - 5 União Leiria - 0
Gondomar - 1 Vitória Guimarães - 3
Naval 1º Maio - 0 Sporting Braga - 3

Leão a caminho do abismo na despedida de Liedson

Para onde caminha o Sporting?

A noite de hoje em Alvalade foi de duplas emoções. A da despedida de Liedson, um excelente profissional que parte após oito anos de leão ao peito com o dever cumprido por mesmo na despedida ter obtido dois golos, e a de um Sporting completamente moribundo que mais não conseguiu do que um empate caseiro (3-3) ante o lanterna-vermelha da prova, a Naval 1º de Maio, que foi claramente melhor que os leões durante o jogo acabando mesmo por sair de Alvalade com o gosto amargo por ter empatado um jogo em que foi claramente mais equipa sobre o relvado e que só à beira do minuto 90 viu a vitória fugir-lhe por entre os dedos com um golo obtido pelo inevitável Liedson.
Perante este Sporting, e com um estádio completamente irado sobretudo com o treinador Paulo Sérgio e com o director desportivo Costinha, contemplados por fortes impropérios durante o decorrer da partida, o que se pode esperar do Sporting CP até ao final desta época desportiva e a menos de dois meses de um novo acto eleitoral que não será seguramente pacífico.
Em minha opinião muito pouco, e vejo mesmo muitas dificuldades  num reerguer deste conjunto completamente destroçado, que até ao final das provas em disputa irá seguramente sofrer agruras.
Não me lembro mesmo do Sporting CP ter tido alguma vez ao longo da sua brilhante História uma crise desta dimensão, nem um plantel tão limitado e a ver-se a partir de hoje desfalcado de Liedson, que era só o seu melhor jogador a léguas de todas os outros, sem sequer ter sido substituído.
Pior é impossível para este Sporting CP. Os próximos tempos aguardam-se complicados para este grande clube português.

SL Benfica completamente transfigurado vinga-se no Dragão

Fábio Coentrão foi mais uma vez preponderante na vitória do SL Benfica

                                                        FCPORTO - 0 SL BENFICA - 2
Depois de nos primeiros dois jogos da época o FC Porto ter vencido clarividentemente por 2-0 para a Supertaça e por 5-0 para o Campeonato, a noite de hoje, e em jogo a contar para a meia-final da Taça de Portugal foi completamente antagónica ao ocorrido até então com o SL Benfica a vencer no Dragão por 0-2, com golos de Fábio Coentrão aos 5' e Javi Garcia aos 16', e a dar um passo de gigante rumo ao Jamor.
Deste modo, e aquilo que já se vinha antevendo acabou por ocorrer, com o FC Porto a denotar um acentuado decréscimo de forma que o levou a ser eliminado da Taça da Liga com derrota caseira ante o Nacional (1-2) e agora esta, e a ver escapar-lhe por entre as mãos a hipótes de conquistar estes dois troféus nacionais.
Quanto ao SL Benfica, que iniciou a época de rastos, e com uma dificuldade incrível em suprir as saídas de Di Maria e de Ramires e com muitas dificuldades de integração de reforços como Roberto, Nico Gaitán, Salvio, Franco Jara, etc, a verdade é que o então contestado Jorge Jesus conseguiu inverter hoje um ciclo de derrotas ante o seu arqui-rival nortenho e começa a pensar em voar mais alto até ao mês de Maio, onde tudo se decidirá.
Deste modo, e apesar do segundo jogo a realizar em Abril, numa decisão aberrante da FPF em marcar este jogo para 77 dias do calendário depois, o FC Porto terá muita dificuldade em pleno Estádio da Luz de dar a volta a este resultado, mas entre equipas desta igualha tudo ainda poderá ser possível.
Até lá continuarão os "mind games" entre os reponsáveis dos dois principais clubes do futebol português da actualidade.

Último dia do mercado deu guia de marcha para Liedson e David Luiz

O adeus de dois grandes jogadores ao futebol português

Se em relação à ida de Liedson para o "seu" Corinthians, o dado já era mais do que adquirido, já em relação a David Luiz, contratado em contra-relógio pelo Chelsea por 25 milhões de euros, os avanços e recuos não faziam minimamente prever esta situação.
No entanto, e no essencial, estas saídas ditam um dado que é inequívoco. Saíram dois dos melhores jogadores que evoluiam no nosso já de si debilitado campeonato nacional, o que leva a que a prova perca ainda mais interesse.
Estas foram sem sombra de dúvidas as mais mediáticas transferências do mercado nacional, que se encontra a espelho da economia numa situação bastante débil.
Dos três grandes, é de realçar que o FC Porto, que até ao momento vem passeando classe em relação aos demais não foi sequer ao mercado pese as lesões de Alvaro Pereira e Emídio Rafael, os dois laterais-esquerdo de que dispõem, e decidiu ainda emprestar as suas jovens "pérolas" Castro (Sp. Gijon) e Ukra (Sp.Braga). Com esta decisão André Villas-Boas mais não fez do que dar razão ao velho ditado de que em equipa que ganha não se mexe.
Já o SL Benfica, depois de contratar Fernandez (Racing Avellaneda), Jardel (Sp. Olhanense) e Carole, um jovem lateral-direito francês de 19 anos ao Nantes, viu apenas partir Fábio Faria por empréstimo ao Valladolid e ontem o seu "muro" defensivo David Luiz, com este a ser o dinheiro que claramente falou mais alto.
Por último, e porque na realidade é o caso mais problemático e que por vezes chega a roçar o caricato, fica o Sporting CP. Num ano de equívocos no que toca à forma como constituíu o seu plantel, para mim um dos mais fracos dos que me lembro no clube de Alvalade, guardou para o último dia a venda daquele que hipoteticamente seria o seu melhor e mais temido jogador, o brasileiro Liedson, por € 2,1 milhões, sem sequer conseguir suprir essa vaga, com os custos que daqui até ao final da época ela poderá ter.
Na porta da entrada do, leão está o brasileiro Cristiano, que em Portugal havia jogado no Paços de Ferreira com claro sucesso, e que andava pelo PAOK Salónica, da Grécia, quase votado ao abandono.
Esperam seguramente dias de agonia a um leão que em breve entrará em período eleitoral. Que com este acto, venha o advento de um Sporting CP mais forte. O futebol nacional precisa muito de um leão que volta ao seu patamar.
No plano internacional, mais uma vez o endinheirado campeonato inglês deu a conhecer as mais caras e mediáticas saídas e entradas. A mais cara foi mesmo protagonizada pelo Chelsea, que no mesmo dia em que contratou David Luiz ao SL Benfica, contratou ainda ao Liverpool o espanhol Fernando Torres por €58,2 milhões, numa demonstração de capacidade inusitada no clube presidido pelo milionário russo Roman Abramovich. No pódio das contratações ficou igualmente o campeonato britânico, com o Liverpool a contratar ao Newcastle o avançado Andy Carrol por €40,7 milhões e o Manchester City a ir a território germânico, mais propriamente a Wolfsburgo, assegurar a contratação do avançado bósnio Dzeko pelo valor de €35 milhões.
Realidades diferentes e que leva a que o campeonato sediado em Terras de Sua Majestade seja cada mais apelativo. Ali sim, o futebol para além de ser uma festa é um negócio cada mais pujante, com os clubes a serem comprados por magnatas endinheirados que se por um lado os descaracterizam, por outro os torna mais competitivos.
Disparidades levadas por realidades económicas completamente antagónicas!