Sporting de Braga, um clube e uma cidade unidos

Cidade capital de distrito que em tempos andava quase arredada do seu Clube mais representativo para escolher outras cores, sendo até conhecida como um verdadeiro bastião benfiquista do Minho, os dias de hoje indiciam um realidade completamente diferente, com uma verdadeira empatia das novas gerações com o "seu" Sporting de Braga.

Para esta nova realidade, e não querendo tirar o mérito a nenhum dos anteriores dirigentes deste Clube, muito se deve à entrada para a presidência do Sporting de Braga do jovem António Salvador, um empresário muito bem sucedido que assumiu a 24 de Fevereiro de 2003 a presidência da direcção e desde então fez questão de montar uma estrutura com grande profissionalismo e rigor, que respira futebol 24 horas por dia.
Daí para cá é notório o crescimento sustentado do clube, com a presença regular nas competições europeias e com a presença de muitos adeptos na "pedreira", que se deliciam com o seu clube e que almejam títulos a curto prazo.
O grande boom do Sp. Braga aconteceu no início da época de 2009/2010 com a aquisição do técnico Domingos Paciência, numa jogada de mestre de Carlos Freitas, acabado de sair do Sporting Clube de Portugal e logo recrutado pelos bracarenses. Nesta época o Sp. Braga apresentou um futebol verdadeiramente convincente e de grande rigor, lutando lado a lado até à última jornada com o campeão SL Benfica e alcançando um histórico segundo lugar, que não fora mesmo a estranha sanção a Vandinho no jogo com o SL Benfica em Braga, privando-o de jogar duarnte seis meses, quem sabe não teriam chegado ainda mais longe, já que o brasileiro era indubitavelmente o "pêndulo" do meio-campo minhoto.
Deste modo estavam abertas as portas da impensável Champions League e com elas um sonho concretizado e em que muito poucos acreditavam. Chamados a uma pré-eliminatória com o Celtic de Glasgow e a um play-off com o Sevilha, os bracarenses passaram ambos os obstáculos de forma brilhante e pela primeira vez abriram de par em par as portas da principal competição de clubes do Velho Continente.
Desta forma, e com a entrada logo de €9,2 milhões nas contas do Clube, estava satisfeito o binómio financeiro e desportivo, que decerto levará o Sp. Braga a curto/médio prazo a patamares cimeiros.
Sem dúvida que António Salvador, que termina este ano o seu mandato, mas que irá decerto continuar esta caminhada sensacional é o grande obreiro desta transformação de um clube médio para um grande Clube.
Longe vão os tempos em que os verdadeiros bracarenses lamentavam a ausência de público no seu estádio e faziam comparações com o seu arqui-rival Vitória de Guimarães, que sempre teve a particularidade de ter uma população ao seu lado e que arrasta muitos adeptos por onde passa.
Hoje a realidade é diferente e a "Bragamania" está ao rubro. Até onde irá o clube da capital do Minho? As bases estão lançadas e o sucesso está garantido quando se trabalha com a sapiência e a dedicação da "dupla" António Salvador/Domingos Paciência, este ano com Fernando Couto, um grande senhor do futebol intrenacional na qualidade de director desportivo em substituição de Carlos Freitas, que rumou para a Grécia para servir o Panathinaikos.