Parafraseando Pimenta Machado, então presidente do Vitória de Guimarães nas décadas de 80 e 90, "no futebol o que é verdade hoje é mentira manhã". Esta frase adequa-se plenamente nos dias de hoje a Wayne Rooney. Depois de um verdadeiro folhetim em que disse taxativamente que não renovava com os red devils, voltou ontem com a palavra atrás e renovou com Manchester United, clube de onde chegou transferido do Everton com apenas 18 anos, por 25,6 milhões de libras.
Depois de renovar por números bem tentadores mas não revelados, o talentoso jogador pediu desculpa aos adeptos dizendo que «assino um novo contrato com a absoluta convicção que o comando técnico, staff, e donos estão completamente comprometidos em manter a história vencedora do Manchester United, que foi a razão porque eu vim para aqui». Acrescentou ainda «ter a certeza de que os adeptos se sentiram desiludidos nos ultimos dias com o que leram e ouviram, mas que através de boas exibições vai voltar a conquistar a confiança deles».
Afinal o problema Rooney resumia-se ao factor dinheiro. Nos dias do futebol indústria, em que os clubes são comprados por magnatas nada disto é de espantar, muito embora seja chocante perceber o quanto tudo mudou nesta modalidade, onde a paixão dos adeptos começa a ser substituída por clubes liderados por outros interesses.
Rooney, entre muitos outros, são por isso um caso raro de classe apenas dentro dos relvados.
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