segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Clube de Futebol "Os Belenenses", um histórico em crise

Depois de ter assumido durante várias décadas o estatuto de "grande" do futebol português, por via da conquista de um campeonato nacional, três taças de portugal e de ser um habitué nos lugares cimeiros e presença por várias vezes em competições europeias, isto no que concerne ao desporto-rei, já que também sempre foi conhecido por ser um clube eclético e de grandes tradições ganhadoras, os dias de hoje são para o Clube de Futebol " Os Belenenses" de verdadeira angústia e que nada de bom pressagia para os tempos que aí vêm.
Sem ter conseguido acompanhar o boom dos outros "grandes" de Lisboa, o SL Benfica e o Sporting CP, o clube tem perdido não só na componente desportiva, mas igualmente na humana, já que longe vão os tempos em que o Belém tinha adeptos espalhados pelo país, que lhe fizeram ser o quarto grande, para ser hoje um clube envelhecido e à procura de identidade, na qual vão escasseando cada vez mais  os jovens nas bancadas já de si desertas do lindo Estádio do Restelo, com o clube caído esta época na Liga Orangina, a segunda mais importante do futebol nacional, depois de anteriormente e já neste milénio se ter salvado miraculosamente da queda neste escalão através de processos de secretaria.
Desta forma, espera-se que o jovem João Almeida Moreira, de apenas 33 anos de idade, e recém-eleito presidente do clube, consiga primeiro sanear o Clube financeiramente para depois dar passos sustentados rumo a um futuro mais risonho, sendo no entanto claro que as nuvens no horizante são mais do que muitas e que o Belenenses está longe de ser um clube fácil para quem o lidera, até porque tem sempre uma oposição muito férrea e que por vezes em nada ajuda no normal desenvolvimento desta prestigiada colectividade.
Nos primeiros tempos João Almeida Moreira, em nome da bandeira da salvação financeira do Clube foi obrigado a encerrar as piscinas do Clube, fonte de rendimentos de outrora, que hoje davam despesas anuais na ordem dos 600 mil euros, e autonomizar por completo secções de futsal e de andebol para que o rumo da solvência financeira seja tomado e venha a ser uma realidade.
Também o futebol reduziu substancialmente o orçamento anual, e por isso este ano as aspirações mais não sejam que a mera manutenção no escalão secundário. Deste modo,  os tempos de hoje são claramente de vacas muito magras para o Belenenses, esperando eu, lisboeta convicto e de um bairro popular onde tenho muitos amigos de infância adeptos indefectíveis do emblema da Cruz de Cristo, que esta crise mais não seja do que passageira e que o ressurgimento seja uma realidade.
Não quero o Quo Vadis para este Clube de raízes sociais muito díspares, que vão de Almirantes ao mais popular cidadão lisboeta. Quero sim, um Clube de Futebol "Os Belenenses" a salvo do abismo.
Têm a palavra os verdadeiros belenenses: Unam-se em prol de um Clube que ainda é Grande e uma bandeira do desporto nacional. Melhores dias virão, assim o espero!

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