segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Yannick Djaló, um mal amado que também resolve

Um jogador com o leão no coração
Vindo da Guiné Bissau ainda com tenra idade para Portugal, onde se radicaria na cidade da Covilhã, e a dar os primeiros pontapés na bola na AD Estação, um clube pequeno mas conhecido por ser bastante interessado pelo futebol de formação e daí saltando para Alvalade, Yannick Djaló é um caso paradigmático de um jogador mal amado no seio leonino, sendo muitas vezes mesmo injustiçado de forma pouco correcta.
Mais um produto made in Sporting e acolitado por Paulo Bento, a exemplo de Rui Patrício, Daniel Carriço, Carlos Saleiro e Pereirinha, entre outros, que com ele subiram dos juniores, este abnegado guineense tem subido a corda da vida a pulso, já que na subida a sénior foi emprestado ao Casa Pia, clube onde se afirmaria de forma convincente, levando-o a regressar ao seu clube do coração, o Sporting Clube de Portugal.
Ontem, ao dar a vitória ao Sporting para a Taça de Portugal ante o Paços de Ferreira numa jogada exraordinária em que acreditou sempre, e depois de uma prolongada ausência do onze principal, Yannick mostrou a têmpera e a humildade de que é feito, correndo logo em direcção ao seu treinador Paulo Sérgio festejando com ele o golo e afirmando quando interpelado do porquê desse gesto. «Tive boas conversas com o treinador».
Não sendo este golo que faz de Yannick Djaló um caso raro de sucesso, até porque ele já tem feito outros que inclusivé foram mesmo decisivos para a conquista de troféus por parte dos "leões", não deixa de ser estranho um certo fenómeno de antipatia de grande parte da massa adepta leonina para com este jovem.
Sendo o clube que mais e melhor forma no nosso País, o Sporting tem nos últimos anos cuidado pouco na defesa das suas "pérolas" saídas da formação. Será Yannick mais um caso destes, a quem só se dará valor quando sair para outro emblema que o projecte?
Eu sou dos que reconheço muitas valias a Yannick Djaló, um jovem ainda recentemente galardoado com um "Rugido do Leão", um prémio mais que justo para quem como ele tanto gosta do clube que representa. Outros tivessem a garra e a abnegação dele, embora por vezes lhe falte alguma arte e engenho, e a mística que caracterizou o clube de Alvalade desde sempre não estaria tão arredia daquele emblema.

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