Bulgária, um país onde o futebol vive momento conturbado |
Assim, o jornal espanhol "El País" na página do seu site oficial e através de escutas do wikileaks, denunciou uma verdadeira teia onde revela que os clubes de futebol búlgaros "são controlados directamente por figuras do crime organizado que utilizam as equipas como um meio de se fazer legítimos, de branquear dinheiro ou de enriquecer directamente".
Deste modo, os clubes de futebol que durante o regime comunista eram pertença das autarquias, do exército ou das forças policiais, "são neste momento pertença da nova elite económica que é conhecida pela proximidade com a criminalidade organizada e com os antigos serviços secretos", segundo indica um telegrama assinado pela encarregada de Negócios, Susan Sutton.
Neste relatório é ainda mencionado de forma explícita que entre os proprietários de clubes como o CSKA de Sófia, Levski de Sófia, Slávia de Sófia, Cherno Varna, Litex Lovetch, Lomokotiv de Sófia ou Lokomotive de Plovdiv se encontram um traficante de armas, um testa de ferro representando um empresário russo expulso da Bulgária, e ainda três mafiosos assassinados.
Outro facto a ensombrar um já tão vasto conjunto de situações escandalosas, tem a ver com as "alegações de apostas ilegais, jogos em que os resultados foram previamente combinados, branqueamentos de dinheiro e o não pagamento de impostos que envenenam o campeonato".
Uma mancha indelével sobre o futebol búlgaro esta denúncia revelada pelo wikileaks em que revela mensagens diplomáticas que indiciam toda esta panóplia de situações vergonhosas.
Aguarda-se assim para os tempos mais próximos um "terramoto" de repercussões incalculáveis no futebol de um país que deu ao mundo jogadores de grande qualidade.
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