Duas gerações, dois estilos algo "bélicos" |
Com trocas de "galhardetes" quase constantes nas conferências de imprensa de antevisão dos jogos e no pós-prélio, com acusações de "miúdos", "graúdos", "mestre", etc... a bonomia está longe de ser um realidade.
Com a discussão entre estes dois clubes, que se encontram há anos a discutir quem é mais beneficiado que quem, que o penalty contra ele era e contra mim não, que o "túnel" da Luz decide campeonatos , que as bolas de golfe no Dragão são um atentado à modalidade, e toda uma panóplia de questões colaterais ao jogo, só faltava agora o desrespeito entre os treinadores, que deveriam ter um papel preponderante na pacificação e não no fomento da "guerra"
Sendo de gerações completamente diferentes, Jorge Jesus (56 anos) e André Villas-Boas (33 anos), a verdade é que ambos são adultos o suficiente para terem uma postura diferente. O futebol não deveria ser, longe disso, um campo de batalha mas sim um jogo para as famílias disfrutarem e levarem os seus filhos a ver os seus clubes do coração de forma lúdica.
Perante isto, o jogo da meia-final da Taça de Portugal entre o FC Porto e o SL Benfica a disputar no próximo dia 2 de Fevereiro será um teste a estes dois agentes do futebol.
Claro que não quero fazer de ambos meninos de coro e dizer para fazerem uma conferência de imprensa conjunta e de traçarem um cenário de paz ad eternum, apenas lhes peço que saibam honrar-se a si próprios e com isso a modalidade que amam.
Não apreciando o estilo de ambos, principalmente o de Jorge Jesus, personalidade que desde há anos me causa alguma repulsa, reconhecendo-lhe no entanto intrínsecas capacidades enquanto técnico, este André Villas-Boas que apenas conta com um ano como treinador principal também não é um estilo a seguir naquele que é o meu conceito de ver a modalidade
A este tipo de "guerrilha" aconselho ambos a seguir a postura de Sir Alex Ferguson, há mais de 20 anos a ganhar muito e bem, mas sempre com uma postura e um fair play de fazer inveja.
O futebol é mais do que uma "guerra", caros Jorge Jesus e André Villas-Boas!
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