quarta-feira, 22 de junho de 2011

Toni de vedeta do futebol à construção civil


Toni junto com os companheiros quando tudo ainda era um sonho
 Em 1991, quando se sagrou em Lisboa campeão mundial de sub-20 com a camisola de Portugal, Toni , que era um dos valores emergentes de então estava muito longe de imaginar que vinte anos depois seria trabalhador da construção civil. Ao contrário do que aconteceu com vários colegas de então, o antigo avançado não conseguiu encontrar o caminho do sucesso no futebol sénior. Mas mesmo a trabalhar numa empresa de demolições do Luxemburgo, o ex-jogador prefere o orgulho à mágoa, quando se trata de recordar o passado.
«Nem todos podíamos seguir o mesmo caminho, não podíamos ser todos considerados o melhor do Mundo, como o Figo foi, ou ter uma carreira como tiveram Rui Costa, João Pinto, Abel Xavier e muitos outros», disse Toni à agência Lusa.
Formado no F.C. Porto, clube pelo qual ainda torce, representou também o Sp. Braga, Beira Mar, Salgueiros, Marítimo, Badajoz, Leça, Vilanovense e RM Hamm Benfica, emblema luxemburguês em que encerrou a carreira, no ano de 2005. «Disseram que não tinham dinheiro e então optei por não jogar. Resolvi ficar cá e tinha de trabalhar. Procurei e não encontrava nada, até que encontrei uma empresa de demolição, e estou lá até hoje», revelou.
Embora se mostre feliz por viver com alguma tranquilidade, Toni assume que gostava de trocar a actual profissão, por ser «muito pesada» fisicamente. As saudades dos amigos de 1991, que guarda no coração, vai matando através da internet. «Encontramo-nos de vez em quando no Facebook», conta.
Um caso que dá que pensar, ainda para mais nos dias de hoje em que o futebol se vem transformando numa cada vez maior indústria e onde campeiam os jogos de interesses e rasteiros.

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