sexta-feira, 10 de junho de 2011

José Couceiro, o adeus de um Leão

Sendo o futebol nos dias de hoje uma indústria poderosa e onde os valores clubistas estão cada vez mais afastados para segundo plano, em troco de um lógica para mim ainda muito difícil de entender, a verdade é que esta saída de José Couceiro do "seu" Sporting Clube de Portugal, para onde havia retornado em Janeiro deste ano para o cargo de director geral da SAD e que acabaria apenas dois meses depois como treinador da equipa principal de futebol numa verdadeira missão de sacrifício, é verdadeiramente surpreendente, não só pela sua valia profissional como humana, bem como pelo facto de me parecer ser o Homem certo para fazer a tal reestruturação na Academia do Sporting, um sector que tão vital é no seio do "leão".
Assim não o entendeu o Presidente Luis Godinho Lopes que em grande entrevista ontem na RTP1 anunciou a sua saída de Alvalade e confirmou Luis Duque como "patrão" de todo o futebol leonino. Sabia-se que Luis Duque e Carlos Freitas, que foram as bandeiras eleitorais de Godinho Lopes, dificilmente poderiam coabitar com José Couceiro. Eu fui dos que acreditei que poderia haver espaço para o sobrinho-neto do sempre eterno Peyroteo. Assim não o entendeu a sua entidade empregadora, que por acaso é a do seu coração.
Iremos ver com que custos.
Como sportinguista que o sou, e digo-o de forma convicta, achei esta decisão para além de injusta afectivamente, uma perda profissional. O tempo o dirá. Numa época em que o Sporting Clube de Portugal quer regressar ao espeço que sempre foi o seu, o dos lugares de topo, perder José Couceiro parece-me um luxo bastante arriscado.

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