terça-feira, 12 de julho de 2011

SL Benfica à procura de uma equipa com o tempo a escassear

Jorge Jesus quer apontar ao rumo das vitórias
A escassos quinze dias de disputar a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o SL Benfica terminou hoje ante o Dijon, uma equipa francesa recém-promovida à primeira divisão gaulesa, com uma derrota (1-2)  depois de anteriormente ter goleado uma modesta selecção de Friburgo, composta por atletas amadores (9-1) e de ter empatado com o Servette (1-1), o seu estágio em terras helvéticas.
Deste estágio ficou uma por demais evidente preocupação no sector defensivo das "águias", já que as ausências de Maxi Pereira, de Luisão e do contratado Garay, todos na Copa América, fazem com que Jorge Jesus esteja deveras preocupado com esse factor, já que sem menosprezar os atletas que integram esse sector e que representam o SL Benfica, a verdade é que a sua grande maioria está longe de ter capacidade para envergar um jersey com ambições tão elevadas.
Já no sector do meio-campo, onde se fala ainda na contratação de mais dois jogadores, o "defeito" é essencialmente o excesso de jogadores, com diversos galos para ocupar o mesmo poleiro. Deste modo, aquilo que pode ser visto como um bom problema, que é indiscutivelmente o tão qualificado número de atletas, mais tarde poderá revelar-se uma outra dor de cabeça, já que terá de ser muito bem gerida esta questão.
No ataque, com Cardozo mais uma vez como "abono de família", a quem se juntarão ainda Saviola, nitidamente em sub rendimento desde a época passada, o argentino Jara e ainda os jovens Rodrigo e Nelson Oliveira, já que o uruguaio Rodrigo Mora, ainda agora contratado, parece estar com guia de marcha rumo a um empréstimo.
Perante isto, e retirando a baliza, onde o guardião do templo encarnado será seguramente o brasileiro Artur Moraes, apesar da concorrência do mal amado Roberto e do jovem Mika, vindo do União de Leiria, todos os outros sectores estão à procura de automatismos, numa altura em que todos esses "pormaiores" terão que ser resolvidos em contra-relógio.
Com um número elevado de estrangeiros no plantel, quando a UEFA permite apenas um limite máximo de 17 insritos e a Liga Portuguesa de 19, o que levará a mais dispensas para além das de Léo Kanu, Airton, Sidnei, Felipe Menezes e Alan Kardec, o número excedentário de estrangeiros ainda será alvo de reestruturação, quando ainda se espera pelo menos mais três entradas de jogadores que não são portugueses, o SL Benfica não está a viver tempos muito saudáveis, muito embora não queira profetizar desgraças quando o tempo ainda é de preparação e a bola a sério ainda nem se quer rola.
Aguardemos então pelos próximos capítulos - leia-se jogos preparatórios -  para melhor se aquilatar sobre a real valia de um plantel com grandes jogadores. No entanto, a Jorge Jesus, um técnico que está longe de viver tempos de outrora, em que era visto quase como um "Deus", esperam-lhe momentos difíceis, apesar de ter mais do que capacidade para dar a volta a isso, já que o SL Benfica é um clube habituado a grandes desafios.
Na próxima sexta-feira, já em território nacional, mais propriamente no Guadiana, os "encarnados" jogarão ante o Paris Saint Germain mais uma etapa do seu crescimento.

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