terça-feira, 5 de julho de 2011

2011/2012: O ano zero de um Leão com direito a sonhar

A "dupla" de quem os sportinguistas muito esperam
Depois de duas épocas verdadeiramente frustrantes, em que o divórcio entre a sua massa associativa,  por muitos considerada como a mais apaixonada pelo seu Clube do coração e a sua equipa de futebol profissional era mais do que latente, parece que este ano o Sporting Clube de Portugal, através da sua "dupla" para o futebol Luis Duque e Carlos Freitas, acolitados por uma rectaguarda muito forte em que o Presidente Godinho Lopes se tem desdobrado em esforços para dotar o leão de todas as condições para o título, quer mudar radicalmente o curso de história recente e dar a Domingos Paciência, um jovem treinador de sucesso, todas as condições para lutar pelo título nacional, bem como por todas as competições em que entrar.
Deste modo, tudo foi pensado a seu tempo. Desde o capítulo das saídas, em que existiram as mais pacíficas  como as de Timo Hildebrand, Tales, Cristiano, Abel e Cédric Soares (emprestado à Académica de Coimbra), às mais complicadas e que requereram mesmo a o tal cheque e a vassoura que Luís Duque havia dito ser necessária ainda na campanha eleitoral, e que envolvem nomes como Grimi, Caneira, Maniche, Pedro Mendes, Valdés, Vukcevic e Saleiro, entre outros, a verdade é que foi de forma muito profissional e com a entrada de uma mescla de jogadores jovens com outros mais experientes que o leão vai partir para 2011/2012 com o legítimo direito ao sonho.
As mexidas deram-se em todos os sectores, com as entradas de Marcelo Boeck (ex-Marítimo), um guarda-redes muito interessante e que vem evoluindo a olhos vistos para competir com Rui Patrício e Tiago, os dois guardiões da "casa", enquanto para a defesa deram-se as entradas do lateral direito Santiago Arias (ex-Equidad), uma das mais jovens promessas do futebol colombiano, dos centrais Alberto Rodriguez (ex-Sp. Braga) e do norte-americano Oguchi Onyewu (ex-Milan AC), dois pilares de vulto para um sector que tantas dores de cabeça tem dado, e ainda do jovem Atila Turan (ex-Grenoble), um defesa esquerdo que virá competir com Evaldo e que vem rotulado de muito boas credenciais.
No meio-campo as entradas também se fizeram sentir. As contratações de Fabián Rinaudo (ex-Gimnasia del Plata), um trinco puro e com um pulmão enorme, de Stijn Schaars (ex-AZ Alkmaar), que vem credenciado para ser o "patrão" do meio-campo, e de Luis Aguiar (ex-Peñarol), um jogador à imagem de Domingos Paciência que adora a sua forma de jogar e que para onde vai faz questão de ter consigo este uruguaio talentoso.
Já o ataque, para onde os "leões" apontaram muitas das suas baterias, é o único sector em que se irão assistir a mais entradas, falando-se ainda  insistentemente na contratação de mais uma "truta", sendo ela um extremo puro para acompanhar os jovens André Carrillo (ex-Alianza Lima), conhecido como a "el culebra", um extremo à moda antiga, o ponta de lança chileno Diego Rubio (ex-Colo Colo), apontado como uma das revelações do futebol do seu país, e ainda da "tulipa" Van Wolfswinkel (ex-Utrecht), em quem os leões apostaram muito e que pode dar ao Sporting os golos que tanto lhe tem faltado, bem como ainda Valeri Bojinov, um jogador búlgaro de créditos mais do que reconhecidos que chega a Alvalade vindo do Parma, depois de já anteriormente ter passado entre outros pela Fiorentina, Juventus e Manchester City.
Perante todos estes pressupostos, é certo que o Sporting Clube de Portugal vê surgir a brisa de esperança que tanta falta tem feito em Alvalade. Neste trabalho de sapa, sem dúvida que o nome de Carlos Freitas, conhecedor do mercado como poucos, tem que ser incontornável.
Fez uma verdadeira "revolução" e como todas as revoluções tem que se dar tempo para que se façam juízo de valor do que daí advirá, embora um enorme mérito tem-no no entanto. Os sócios estão com ele de forma visível e o ambiente que se respira no clube é incontornavelmente diferente. Os sorrisos de esperança voltaram e a confiança ressurgiu. Depois de 17 anos sem ganhar o campeonato e a vencer uma ou outra competição esporádica, não foi isso que afastou os indefectíveis "leões", que senpre lá estavam nos bons e nos maus momentos, o descrédito no entanto dos últimos dois anos pareceia irreversível e era mais do que notório que o leão estava moribundo.
Novos tempos surgiram e arrisco claramente numa opinião. Iremos ter Sporting em 2011/2012!

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